Cicatrizes Ef​ê​meras

from Di​á​rios de Chuva by Antíteses

/

lyrics

fiz minha morada
nos teus braços de vidro
no teu peito conturbado
nesse caos indefinido
na tua mente indecisa
tão imprecisa quanto eu
e minhas manias de criar
pra mim o meu próprio breu

só agora eu percebo
o baque surdo do meu peito
causado pelo defeito
que você criou em mim
esse verso descompassado
como um sopro alterado
são tantas contradições
isso tem que ser assim?
falo como novidade
mas quem sabe tudo sempre foi e sempre será desse jeito
e você só abriu meus olhos
e mostrou que o sol me cegava
nunca pedi pra ser assim
eu abri a porta pra te acolher na minha casa
e como um parasita tu se instalou em meu peito
mesmo sem querer causaste tanto sofrimento
e foi a reciprocidade que levou ao nosso fim
eu ainda guardo tua carta, tua roupa, teu perfume
embalados no suor compartilhado em nossa chama
em nossa cama, são tantos "amanheceres"
que mal posso recordar
esquecer é o melhor pra mim

e eu sei que essa dor já vai passar
feridas vão se tornar
cicatrizes tão efêmeras
e as rosas que eu te presenteei
vão murchar ao tu tentar
resgatar memórias turvas


os teus braços imperfeitos
já não encaixam no meu abraço
a tua boca só destila
palavras que me fazem perder o sono
toda noite que me lembro
do teu rosto em brasa
eu não consigo esquecer tudo que você me disse
"acho que é muita coisa que ainda vem à tona"
nossa estrada bipartida já não pode nos levar
ao destino em comum
ao menos por um tempo
eu não sei se posso caminhar ao teu lado
pois assim não nos entendo
então eu espero a noite
pra que eu durma e nos meus sonhos eu repare o teu riso
dia-a-dias tão perdidos nesse mapa dos teus lábios
esquecidos na memória desse abraço repartido

credits

from Di​á​rios de Chuva, released March 22, 2013

license

tags

about

Antíteses Curitiba, Brazil

Desamores e chuvas curitibanas,

contact / help

Contact Antíteses

Report this track or account

If you like Antíteses, you may also like: